A Dominante Performance do Flamengo na Fase de Grupos do Mundial de Clubes


Introdução

O Flamengo concluiu a fase de grupos na primeira colocação do Grupo D, com 7 pontos, garantindo a classificação antecipada já na segunda rodada. Apesar de enfrentar diferentes cenários e estratégias adversárias, a equipe de Filipe Luís manteve-se fiel ao seu modelo de jogo dominante e pressionante, inclusive contra um adversário de alto nível como o Chelsea. Eventualmente, o time possuía algumas variações, como um 3-1-6 / 3-3-4, com um dos volantes recuando para a linha defensiva, liberando ambos os laterais para o ataque.

Ao longo da campanha, o time rubro-negro não apenas permaneceu invicto, como foi superior a todos os seus oponentes em métricas cruciais: posse de bola, passes completos, finalizações, desarmes e xG (Gols Esperados). Mesmo com trocas de peças, a organização ofensiva demonstrou um padrão consistente. Para atacar blocos baixos, a equipe transitava de seu 4-2-3-1 para um 3-2-5, com o lateral-esquerdo recuando para formar uma linha de três e o direito avançando para dar amplitude, sustentados por um duplo pivô no meio.

Troca de esquema tático do Flamengo.

Jogo 1: Flamengo 2-0 Espérance

Em sua partida de estreia na Copa do Mundo de Clubes, o Flamengo venceu o Espérance por 2 a 0. O jogo foi caracterizado pelo controle tático e pela gestão da posse de bola da equipe brasileira, que soube impor seu modelo de jogo e neutralizar a estratégia do adversário tunisiano.

Desde os minutos iniciais, a pressão do Flamengo forçou o time tunisiano a abdicar da construção curta, optando por lançamentos. Defensivamente, o Espérance congestionou o corredor central em um 4-3-3, mas cedeu os flancos. Foi precisamente por ali que o Flamengo desarticulou a defesa adversária, com os dois gols da partida originados de cruzamentos. O domínio se traduziu em 69% de posse de bola e foi quantificado pelas métricas de rede de passe: o Flamengo apresentou maior densidade (0.4750 contra 0.4542), grau médio de conexões (14.25 contra 13.62) e coeficiente de agrupamento (0.1090 contra 0.0969). Esses números indicam um time mais conectado e com maior tendência a triangulações, o que permitiu uma gestão segura do resultado com um número controlado de 11 finalizações.

A análise da rede de passes desta partida estabeleceu a importância dos zagueiros e volantes como conectores. Léo Pereira (Zagueiro) foi o líder em volume de passes (Grau Ponderado: 206) e a principal ponte entre os setores, confirmado pela maior Centralidade de Intermediação (0.3857) do time. Jorginho (Volante), segundo em volume (Grau Ponderado: 179), foi a peça-chave para as triangulações, liderando a equipe com o maior Coeficiente de Agrupamento (0.2200). Completando o eixo, Erick Pulgar (Volante) atuou como um conector eficiente (Grau Ponderado: 177; alta Centralidade de Proximidade: 0.7686), e Léo Ortiz (Zagueiro) foi um elo secundário vital para as triangulações defensivas (Grau Ponderado: 135; Coeficiente de Agrupamento: 0.1861).

Estatísticas da partida Flamengo x Espérance.

Jogo 2: Flamengo 3-1 Chelsea

Em seu segundo jogo, o Flamengo, com algumas alterações na escalação, derrotou a equipe inglesa por 3 a 1, com participação direta das substituições nos gols da virada.

A partida teve duas fases distintas. No primeiro tempo, após um gol sofrido aos 13 minutos, o Chelsea recuou. O Flamengo dominou a posse (63%) e os passes (277 contra 162), mas com dificuldade em criar chances claras, resultando em apenas 5 finalizações. O panorama mudou no segundo tempo. A pressão rubro-negra tornou-se mais efetiva e, com a entrada de Bruno Henrique, a equipe marcou dois gols em cinco minutos. Após marcar o terceiro gol aos 82 minutos, o Flamengo inverteu a estratégia, cedeu a bola ao Chelsea e passou a administrar o placar (61% de posse e 244 passes para os ingleses na segunda etapa). As estatísticas finais (posse 51% x 49%, passes 437 x 410) sugerem um equilíbrio enganoso, que mascara as fases de domínio distintas. Um indicador mais claro da superioridade rubro-negra foi o número de ações na área adversária: 27 contra 17.

A análise da rede reforçou a importância do eixo defensivo. Jorginho (Volante) foi o jogador mais participativo (Grau Ponderado: 113) e a peça-chave para as triangulações, com o maior Coeficiente de Agrupamento (0.2236). Léo Pereira (Zagueiro), com volume similar (Grau Ponderado: 112), foi a principal autoridade na rede (maior PageRank: 0.1384). O zagueiro Danilo (Grau Ponderado: 100) conectou rapidamente os setores (maior Centralidade de Proximidade: 0.7686), enquanto Erick Pulgar (Grau Ponderado: 91) atuou como ponte entre defesa e meio (segunda maior Centralidade de Intermediação: 0.1298). No Chelsea, o zagueiro Trevoh Chalobah foi o pilar, liderando seu time em volume (Grau Ponderado: 105), proximidade (0.8750) e intermediação (0.3434).

Estatísticas da partida Flamengo x Chelsea.

Jogo 3: Flamengo 1-1 LAFC

No seu terceiro jogo, o Flamengo, já classificado, empatou em 1 a 1 com o LAFC em um jogo mais protocolar. Apesar da equipe bastante modificada, o time demonstrou domínio contra um LAFC retrancado em um 5-2-3.

A superioridade foi constante, refletida em estatísticas esmagadoras: 66% de posse de bola, 19 a 5 em finalizações, 659 a 344 em passes e 27 a 5 em ações na área adversária. Apesar do volume, o Flamengo não foi efetivo, enquanto o LAFC converteu sua única grande chance. O resultado também foi fortemente influenciado pelo azar: ocorreram cinco bolas na trave no jogo (quatro do Flamengo). Modelando os dados da fase de grupos (48 partidas), a probabilidade de tal evento é de apenas 0,12% (aproximadamente 1 em 835), um caso raro que evidencia a excepcionalidade do ocorrido.

O modelo de jogo se manteve consistente mesmo com um time alternativo, com os zagueiros e volantes sendo novamente os hubs da equipe. Jorginho (Volante) e Léo Pereira (Zagueiro) repetiram a performance do jogo anterior, liderando em volume de passes com Graus Ponderados de 113 e 112, respectivamente, provando a força do sistema. Danilo (Zagueiro) também manteve o alto volume, com 100 passes. Pelo lado do LAFC, o lateral Sergi Palencia foi o principal conector, liderando seu time em intermediação (Betweenness: 0.5852), proximidade (Closeness: 0.8750) e autoridade na rede (PageRank: 0.1427).

Estatísticas da partida Flamengo x Los Angeles FC.

Conclusão

O Flamengo demonstrou uma performance dominante e consistente ao longo de toda a fase de grupos, mantendo seu modelo de jogo característico mesmo diante de diferentes estratégias adversárias. A equipe rubro-negra não apenas permaneceu invicta, mas também foi superior em todas as métricas importantes, consolidando sua posição como uma das principais forças do torneio.




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