A Performance do Palmeiras na Fase de Grupos do Mundial de Clubes


Introdução

O Palmeiras passa de fase, mas não convence. Em 3 partidas repletas de altos e baixos, o alviverde que segue invicto no Mundial de Clubes conseguiu 2 empates e uma vitória que o levou à primeira colocação no grupo B. Na próxima fase seu adversário será o Botafogo, que, apesar de se classificar em segundo lugar no seu grupo, promete dar trabalho ao time de São Paulo.

Análise das Três Partidas

A análise das três primeiras partidas aponta para uma equipe muito confortável em jogar de forma reativa, tentando aproveitar falhas do adversário para acionar seus atacantes em velocidade e aproveitar um provável setor defensivo desarrumado para criar suas principais chances de gol, o que também foi refletido em um número menor de passes trocado pela equipe em relação aos adversários no segundo e terceiro jogo. Não por acaso, a maioria das chances convertidas do time de Abel Ferreira tem como ponto de partida um contra-ataque ou uma bola recuperada ainda no setor ofensivo.

Outro ponto forte já bastante conhecido do time alviverde é a bola aérea, com bons cabeceadores como Flaco Lopez, Murilo e Gustavo Gómez (que venceu 100% dos duelos aéreos tentados nessa primeira fase), cruzamentos e situações de bola parada trazem, geralmente, perigo ao time adversário. Como exemplo disso temos os dois gols contra o Al Ahly; o primeiro foi fruto de uma bola parada ofensiva cruzada na área, que obrigou o time egípcio a tomar uma postura mais ofensiva e oferecer mais brechas para o plano de jogo reativo tão bem trabalhado pela equipe do Palmeiras, enquanto o segundo teve a sua jogada inicializada com uma vitória em um duelo aéreo na área de defesa do Palmeiras, que engatou um contra-ataque fulminante deixando Flaco Lopez com o caminho livre para atacar desde a linha do meio de campo.

Pontos Negativos

Apesar desses pontos inquestionavelmente fortes, nem tudo está ocorrendo bem no time paulista. Os jogos da fase de grupos (principalmente o último) escancaram duas falhas do verdão neste mundial. O primeiro e mais notável é a falta de criatividade durante a fase ofensiva, o mau momento vivido por Raphael Veiga (principal articulador do time) compromete todo o processo de criação de jogadas da equipe, dessa forma a maioria dos ataques resulta em uma tentativa de cruzamento para o meio da área, quase 90 ao total dos três jogos, e embora tenham sido tão numerosos, geralmente possuem pouca efetividade (principalmente quando Flaco Lopez não está em campo); como alternativa à má fase do camisa 23, o técnico tem apostado em outro meia, o jovem Maurício, que iniciou a competição como titular e entrou nos outros dois jogos no intervalo, nesses minutos em campo, acumulou mais ações ofensivas, incluindo uma assistência no jogo contra o Al Ahly, e o gol de empate contra o Inter Miami.

O segundo ponto negativo da equipe do Palmeiras é a falta de agressividade do time sem sua dupla de volantes titular. A ausência de Aníbal Moreno no jogo contra o Inter Miami foi bastante sentida pelo time de Abel Ferreira que, quando postado no setor defensivo, não mostrou a intensidade necessária para recuperar a bola. Uma outra consequência disso também notável nesse último jogo foi a atuação de Richard Rios, que ao se ver sem seu parceiro usual, participou de 50% a mais de lances com a bola em relação às outras duas partidas e dobrou seu número de passes comparado com sua média, além de ter seu posicionamento afetado, realizando mais funções no meio de campo.

Conclusão

Por fim, o próximo adversário do Palmeiras promete ser um grande desafio. Ambas as equipes possuem ataques velozes e abusam das transições rápidas, o que indica um jogo dinâmico e de alta intensidade. Outro ponto de destaque é a ausência do volante Gregore na equipe alvinegra, peça fundamental no meio campo botafoguense. Resta saber se a equipe de Abel Ferreira terá a intensidade e competência necessária para avançar de fase.




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