Campeonato Carioca 2024 - Semifinal - Primeiro Jogo

O Campeonato Carioca continua a surpreender o futebol brasileiro, com Fluminense, Flamengo, Vasco e Nova Iguaçu na disputa. A equipe de Futebol do Laboratório Ace mergulha nos jogos decisivos, desde o domínio do Flamengo sobre o Fluminense até o inesperado poder ofensivo do Nova Iguaçu tentando superar a "Muralha" do Vasco, oferecendo um vislumbre empolgante da ação eletrizante do torneio.

Análise da partida

O Fluminense fez uma partida abaixo do esperado contra o Flamengo, sendo constantemente pressionado, e não conseguindo impor seu estilo de jogo. Esta foi 1° partida do Campeonato Carioca 2024 em que o time acabou a partida com menor posse de bola que seu adversário (49% x 51%), com uma atuação fraca de seu ataque, que não realizou nenhuma finalização ao gol do goleiro Agustín Rossi. Além disso, o time cometeu um total de 11 erros que levaram à chutes no jogo, sendo que até essa partida, tinha cometido 31 erros em todo o campeonato.

Já o rubro-negro, que possuía sua maior força no setor defensivo, demonstrou que também tem alta capacidade ofensiva, realizando um total de 23 finalizações na partida, sendo 9 desses chutes no gol de Fábio. Se considerarmos o tempo aproximado do time com a bola, temos uma taxa de 1 chute a cada 2 minutos com a posse de bola.

Os dados mostraram um domínio completo do time de Tite em campo, tanto no setor defensivo, quanto ofensivo, o Flamengo criou e não deixou o adversário aproveitar as poucas chances que teve. O Fluminense terá um trabalho difícil para se classificar para as finais, marcar 3 gols em um time que tomou apenas 1 gol em todo campeonato, para isso o técnico Fernando Diniz precisará mudar suas estratégias, e possivelmente se portar de forma mais agressiva para o 2° jogo se quiser garantir seu lugar na final.

Destaques

Uma das formas de ver como o Fluminense jogou defensivamente foi o posicionamento de Jhon Arias, jogador que normalmente atua como um ponta de forma ofensiva, acabou ficando na maior parte do jogo no campo tricolor, atuando na lateral direita como um defensor e não conseguindo explorar suas melhores qualidades, os seus dribles e seus passes importantes.

Outro ponto foram a quantidade de defesas que o goleiro Fábio teve que fazer de chutes de dentro de sua área (5), mostrando como a criação do Flamengo foi efetiva, e em grande parte isto ocorreu por conta de Nicolás De La Cruz. O meia deu um total de 6 passes chave para seu time, atuando principalmente no lado esquerdo do campo, lado em que o clube deu mais chutes.

Também é preciso notar a atuação do atacante Pedro, que aproveitou bem as oportunidades de seu time, marcando 1 gol no fim da partida, e realizando um total de 6 finalizações, sendo 3 no gol, tendo a oportunidade de aumentar o placar, se não fosse a boa atuação do goleiro Fábio.

Análise da partida

As duas equipes realizaram um confronto que, por mais que só tenha tido dois gols, foi marcado por um grande número de finalizações para ambos os times. O total de finalizações é impressionante para um confronto de semifinal, principalmente quando se observa que o confronto entre Flamengo e Fluminense teve apenas 31 finalizações, métrica quase 1,5x menor do que o confronto do Gigante da Colina com o Gigante da Baixada, que contou com 45 finalizações ao todo no final do jogo.

Para o Vasco, o jogo ofensivo se caracterizou como incomum, visto que o Cruz-Maltino possui uma média de 10,8 finalizações nos últimos 5 jogos que disputou e nesse finalizou 21 vezes com apenas 7 disparos na direção do goleiro Fabrício. O meio campo do Vasco também demonstrou muita criatividade ao chegar no ataque, somando 16 passes-chave ao longo dos 90 primeiros minutos da semifinal do Campeonato Carioca.

Para o Nova Iguaçu, por outro lado, foi um jogo não muito diferente do habitual vivido nos últimos 5 jogos, já que a média de chutes do time no campeonato carioca é de 17 finalizações por jogo. Os dados observados no jogo mostram também a preferência da Laranja Mecânica da Baixada de chutar de fora da área possuindo mais disparos de fora da área (13) do que de dentro da área (11), gerando muito trabalho para o goleiro adversário.

Destaques

Sem dúvidas, foi um confronto muito disputado com diversas chances para os dois times, e nesse contexto, é imprescindível colocar em pauta tanto os principais criadores de chance, quanto os principais defensores de cada time.

Do lado do Vasco com um desempenho invejável, o francês Dimitri Payet se destacou com uma taxa de 88% de passes certos, com 5 passes chaves realizados pelo meia-atacante ex-Olympique Marselha. Paralelamente, no setor defensivo o meia-atacante também foi fundamental, contando com 12 duelos ganhos pelo Cruz-Maltino e possuindo um mapa calor muito participativo na esquerda do terço defensivo do Gigante da Colina.

Em um jogo com muitas finalizações e atuações acima da média, atacantes que tiveram boas atuações como Carlinhos, que finalizou para gol 5 vezes, foram ofuscados pelas milagrosas performances dos goleiros dos dois times. Léo Jardim fez incríveis 14 defesas, sendo 9 dessas finalizações de dentro da área, representando um total de 93% de bolas defendidas, e ainda com um gol sofrido foi eleito o melhor jogador da partida. Enquanto Fabricio, goleiro do Nova Iguaçu, apesar de "só" ter feito 6 defesas, com 50% delas vindo de chutes de dentro da área, acertou 80% de bolas longas lançadas para o domínio do time no campo, característica que é cada vez mais requisitada nos goleiros atuais.

Estes foram os dois primeiros jogos das semifinais. O Flamengo sai na vantagem e o Fluminense precisará de uma atuação muito melhor para reverter o placar. Já o Vasco, apesar de ter sido salvo pela grande atuação do Leo Jardim, precisará de no mínimo uma vitória simples para garantir sua vaga na final. O Nova Iguaçu, por sua vez, fica com a vantagem do empate.

A equipe do Laboratório Ace de Futebol continuará acompanhando o Campeonato Carioca, trazendo análises detalhadas sobre os jogos e os jogadores. Continuem ligados!